Poema em prosa sobre um objeto
No livro "O partido das coisas", do poeta francês Francis Ponge, poemas descrevem certos objetos comuns atribuindo a eles características estranhas, que vêm de outras coisas ou pessoas. Estranhas à primeira vista, logo percebemos que as características combinam com os objetos, revelam uma outra possibilidade. Nossa percepção se amplia e traz a sensação da beleza.
Alguns trechos de exemplo:
DA ÁGUA
(...) Poder-se-ia quase dizer que a água é louca, por causa dessa histérica necessidade de só obedecer à sua gravidade, que a possui como uma idéia fixa.
O PÃO
A superfície do pão é maravilhosa em primeiro lugar por causa dessa impressão quase panorâmica que dá: como se tivéssemos à nossa disposição ao alcance da mão os Alpes, o Tauro ou a Cordilheira dos Andes. (...)
Alguns trechos de exemplo:
DA ÁGUA
(...) Poder-se-ia quase dizer que a água é louca, por causa dessa histérica necessidade de só obedecer à sua gravidade, que a possui como uma idéia fixa.
O PÃO
A superfície do pão é maravilhosa em primeiro lugar por causa dessa impressão quase panorâmica que dá: como se tivéssemos à nossa disposição ao alcance da mão os Alpes, o Tauro ou a Cordilheira dos Andes. (...)
A LARANJA
Como na esponja há na laranja uma aspiração a recobrar a compostura após ter sido submetida à prova da extração. Mas, onde a esponja é sempre bem-sucedida, a laranja nunca: pois suas células rebentaram, seus tecidos se rasgaram. (...)
EXERCÍCIO:
Escolha um objeto comum, que faz parte da sua casa ou do seu trabalho (ou de qualquer outro ambiente familiar).
Pense nas características e utilidades cotidianas deste objeto. (por exemplo: uma cadeira - serve para sentar, e também para se jogar roupas em cima, ou pendurar bolsas).
Imagine uma comparação entre a utilidade cotidiana do objeto e uma característica de outra coisa ou pessoa. (por exemplo: a cadeira, quando jogam sobre ela as roupas usadas durante o dia, parece uma mãe de crianças pequenas, que vai buscar os filhos na escola e volta carregada com suas bolsas, casacos e lancheiras).
Faça esse exercício três vezes com o mesmo objeto, buscando três comparação estranhas para três características cotidianas.
Revise o texto para que as frases fiquem bonitas, com uma sonoridade musical.
Como na esponja há na laranja uma aspiração a recobrar a compostura após ter sido submetida à prova da extração. Mas, onde a esponja é sempre bem-sucedida, a laranja nunca: pois suas células rebentaram, seus tecidos se rasgaram. (...)
EXERCÍCIO:
Escolha um objeto comum, que faz parte da sua casa ou do seu trabalho (ou de qualquer outro ambiente familiar).
Pense nas características e utilidades cotidianas deste objeto. (por exemplo: uma cadeira - serve para sentar, e também para se jogar roupas em cima, ou pendurar bolsas).
Imagine uma comparação entre a utilidade cotidiana do objeto e uma característica de outra coisa ou pessoa. (por exemplo: a cadeira, quando jogam sobre ela as roupas usadas durante o dia, parece uma mãe de crianças pequenas, que vai buscar os filhos na escola e volta carregada com suas bolsas, casacos e lancheiras).
Faça esse exercício três vezes com o mesmo objeto, buscando três comparação estranhas para três características cotidianas.
Revise o texto para que as frases fiquem bonitas, com uma sonoridade musical.
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